15/10/2012
Todos os dias quando vejo o sorriso da Joana, a sua felicidade nos olhos, arrependo-me das lágrimas que chorei quando soube que a minha filha iria ser uma criança especial, arrependo-me das lágrimas que choro quando as crises acontecemno entanto continuo sempre a chorar.
Estranha coincidência, mas após o nascimento da Joana sonhei que ela iria ser portadora de uma deficiência, mas a confirmação desta premonição não foi, nem é, de modo algum, pacífica para mim.
Ainda hoje não consigo acreditar, nem aceitar que a minha Joana, que eu tanto desejei, seja uma menina especial.
O facto de a minha filha ser uma menina especial não me tornou uma pessoa melhor nem mais paciente. Pelo contrário a minha impaciência tem-se tornado cada vez maior, cada vez sou mais exigente e intransigente em relação aos direitos da minha filha.
O facto de a minha filha ser mais vulnerável, dá-me uma força extra para lutar, e transformo-me numa “leoa a proteger a sua cria”.
Acho que é a Joana que me dá essa força extra.
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Este texto foi adaptado do texto da Marcelina, inclui frases iguais
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